Consumo de adoçante aumenta risco de câncer em 13%, sugere estudo
Publicado na revista científica Plos Medicine, trabalho se baseou em informações de saúde de 100 mil pessoas na França
atualizado
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Um novo estudo publicado na revista científica Plos Medicine sugere que o consumo de dois tipos de adoçante – o aspartame e o ulfame de potássio – pode aumentar o risco de câncer.
O trabalhou se baseou em informações de saúde de 100 mil pessoas na França, que vem relatando sua dieta, estilo de vida e histórico médico desde 2009 em uma grande pesquisa chamada NutriNet-Sante.
De acordo com os autores do trabalho, as pessoas que consumiam maior quantidade de adoçantes por dia – média diária de 79 mg – tiveram um risco aumentado de câncer de 13% quando comparadas às que não usavam esse tipo de substância.
Os dois tipos de adoçante são bastante usados para substituir o açúcar em vários produtos, incluindo as versões dietéticas dos refrigerantes. No trabalho, os maiores riscos foram verificados para os tumores de mama e os relacionados à obesidade.
Apesar de analisar dados de um grande número de voluntários, a pesquisa possui limitações como, por exemplo, a de as informações serem predominantemente sobre a saúde de mulheres.
Ponderações
Outra ressalva se refere justamente ao tipo de pesquisa realizada. A metodologia, por ser observacional, não permite estabelecer uma relação direta de causalidade entre os adoçantes e o aparecimento de tumores.
O cientista inglês Michael Jones, do Instituto de Pesquisa do Câncer, explica que a ligação relatada no estudo não prova que adoçantes artificiais causam câncer. “Os tipos de pessoas que usam adoçantes artificiais podem ser diferentes em muitos aspectos daqueles que não usam, e essas diferenças podem explicar parcial ou totalmente a associação”, afirmou ao jornal Daily Mail.
Veja na galeria as melhores dietas para comer saudável:
Também ao Daily Mail, a gerente de informações do Centro de Pesquisa do Câncer do Reino Unido lembrou que os hábitos alimentares como um todo são mais importante do que o consumo de um alimento específico quando se trata da prevenção de doenças.
“O que comemos e bebemos em geral é muito mais importante do que um único elemento de nossa dieta – portanto, procure comer mais frutas, vegetais e grãos integrais, e reduza as carnes vermelhas e processadas e os alimentos ricos em gordura, açúcar e sal”, disse.