Gucci supera meta de redução da pegada ecológica prevista para 2025
A marca italiana divulgou a novidade na edição inaugural de seu Relatório de Impacto, publicado neste mês
atualizado
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O primeiro Relatório de Impacto da Gucci, divulgado neste mês, informou que a grife italiana já reduziu sua pegada ecológica em 44%. Desde 2015, a expectativa da empresa era diminuir o impacto ambiental em 40% até 2025, mas o documento destacou que a meta foi atingida quatro anos antes. O relatório faz uma síntese de objetivos, compromissos corporativos e ações da marca nos aspectos social e ambiental, além de registrar os progressos feitos até 2020.
Vem saber mais detalhes!
Meta adiantada
Junto à pegada ecológica, a Gucci pretendia diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 50% entre 2015 e 2025. Até agora, segundo o relatório, a marca italiana chegou a uma redução de 47%, valor bem próximo da meta. Desde 2015, a redução foi contínua ano a ano, colaborando com o objetivo de fazer “mudanças positivas para as pessoas e o planeta”.
“Nosso Relatório de Impacto Gucci Equilibrium inaugural ilustra nossas ações e compromissos de sermos inclusivos, sustentáveis e responsáveis em tudo o que fazemos”, compartilhou o presidente e CEO da grife, Marco Bizzarri. “Superamos nossa meta de reduzir a pegada total quatro anos antes, uma conquista que ressalta nosso compromisso com a mudança transformadora.”
Em 2020, a pegada total da marca diminuiu 9% em relação ao ano anterior, enquanto as emissões de gases de efeito estufa caíram 17%. A marca também afirma que atingiu 95% de rastreabilidade dos materiais usados. O uso de energia renovável nas operações globais – lojas, escritórios, fábricas e depósitos – chegou a 93%, com a expectativa de atingir 100% até o fim do próximo ano.
Além das questões referentes ao meio ambiente, o Relatório de Impacto também aponta avanços sociais realizados até 2020. Mulheres ocupam mais da metade (57,4%) dos cargos de gerência da Gucci ao redor do mundo, de acordo com a etiqueta. Pelo segundo ano consecutivo, a grife foi considerada o melhor lugar para se trabalhar na Itália. No mundo inteiro, empregava quase 18 mil pessoas em 2020.




Compromisso socioambiental
Em 2011, a Gucci adotou a contabilidade de Ganhos e Perdas Ambientais (ou Environmental Profit & Loss, em inglês) para monitorar internamente o impacto da grife no meio ambiente. Já em 2015, começou a publicar os resultados anuais como parte do EP&L do grupo Kering.
Para entender como funciona esse processo, o site Gucci Equilibrium explica: “Uma conta EP&L mede as emissões de gases de efeito estufa, poluição do ar e da água, consumo de água, uso da terra e produção de resíduos ao longo de toda a cadeia de abastecimento e, em seguida, calcula qual é o custo aproximado para a sociedade em termos monetários e com base nas mudanças no meio ambiente que podem acontecem como resultado de atividades de negócios.”
A marca criou uma versão pública e interativa do EP&L, em 2019, disponível em site equilibrium.gucci.com, para oferecer mais transparência ao público. “Esperamos que esta plataforma de código aberto possa ajudar nossos colegas a entender seus impactos na natureza e, em última análise, facilitar mudanças positivas e colaboração dentro de nosso setor e outras indústrias”, informou a label.




Fundos e apoio a projetos
A Gucci também divulgou valores arrecadados para ações sociais e suas destinações. Um montante de US$ 17,5 milhões, por exemplo, foi destinado a 442 iniciativas em 89 países, todas envolvidas na luta por igualdade e conscientização de gênero. O apoio a essas iniciativas adentrou o projeto Chime For Change, que atende mais de 28 mil mulheres.
Um fundo de US$ 5 milhões foi destinado à promoção do bem social e da justiça racial em comunidades da América do Norte, segundo o relatório. No mesmo continente, a marca impactou positivamente a vida de mais de 52 mil pessoas por meio do programa Gucci Changemakers. Também doou mais de 2,5 milhões de euros para iniciativas relacionadas à pandemia de Covid-19.
Colaborou Hebert Madeira